Os analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central na semana passada projetaram um novo cenário para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017, a "inflação oficial" do país: o indicador deve passar de 4,06% para 4,04%; sétima redução seguida. Os números do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 também foram revistos pelo mercado financeiro. A estimativa de crescimento passou de 0,40% para 0,43%.
Com a previsão, fica mantida a expectativa de que a inflação deste ano ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que para isso eleva ou reduz a taxa de juros (Selic). A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009.
Conforme as estimativas, em 2018 a inflação deve recuar de 4,39% para 4,32%. O índice está abaixo da meta central de inflação para o período (4,5%) e também do teto de 6% fixado para o ano que vem. Ainda segundo as projeções dos economistas das instituições financeiras, a expansão do PIB deverá ficar estável em 2,50% no próximo ano.
Taxa de juros
O mercado financeiro manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 8,5% ao ano no fechamento de 2017. Ou seja, os analistas continuam estimando novas reduções de juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic continuou em 8,5% ao ano. Com isso, estimaram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.