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SEXTA-FEIRA, 10 DE MAIO DE 2024
23 de MAIO de 2017

Horto de Plantas Medicinais da UFGD completa 20 anos de pesquisa e serviços

Conhecer, estudar, preservar e cultivar espécies de plantas medicinais nativas e exóticas. Estes são os principais objetivos do Horto de Plantas Medicinais (HPM), projeto de extensão da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Em atividade desde 1997, o Horto atende uma equipe grande de professores e estudantes de diversos cursos da Universidade nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, fornece material didático para aulas, eventos, exposições e para uso fitoterápico em diferentes instituições, além de produzir mudas para distribuição a toda comunidade.

De acordo com a coordenadora do projeto, Maria do Carmo Vieira, a procura é variada, mas as plantas que despertam mais interesse são, geralmente, hortelã, manjericão, sálvia, guaco, espinheira santa, plantas que comumente são bastante utilizadas pela população. "Nossa ideia é esclarecer as pessoas, não temos nada que não seja utilizável. Até cultivamos plantas tóxicas, mas com fins didáticos, demonstrativo. Arnica, por exemplo, às vezes as pessoas tomam, mas não é aconselhável, ela é recomendada apenas para uso externo, para tratar hematomas", esclarece a pesquisadora. Instituições que produzem fitoterápicos de forma artesanal também procuram o HPM em busca de terramicina, erva cidreira ou flor de marcela.

Também é importante ressaltar o papel de troca com a comunidade que o projeto, sendo de extensão, cumpre. "Muita gente que vem nos visitar tem muito interesse no assunto. Já recebi pessoas do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) que sabiam mais do que eu sobre o uso de determinadas plantas, principalmente uso popular, então acaba acontecendo uma troca de conhecimentos. Enquanto engenheira agrônoma minha função é produzir, mas tenho que saber também o básico daquilo que pode ou não usar, e como, para orientar quem nos procura e os próprios alunos", defende Maria do Carmo.

Preservação de espécies

Outro trabalho importante desenvolvido no Horto de Plantas Medicinais da UFGD é a conservação da vegetação local. No espaço, há plantas exóticas, que têm origem em outros países, mas se adaptaram e são cultivadas no Brasil, e há uma atenção voltada especialmente para plantas nativas. "Uma das questões mais importantes relacionadas a plantas nativas é alertar para a necessidade de preservar. Nós mostramos que é possível cultivar para não precisar extrair da natureza, o que muitas vezes acontece sem a devolução das sementes para o solo", explica.

Inspiração

Maria do Carmo conta, ainda, que já teve contato com diversos produtores que têm o Horto da UFGD como inspiração, o que direciona o trabalho de sua equipe também para esclarecimento de quais espécies seriam mais interessantes de cultivar. "Algumas plantas têm utilidade dupla ou tripla, pois podem ser, além de medicinais, alimentícias e/ou ornamentais. Guavira, pimenta rosa, vinagreira, às vezes têm frutos ou outras partes que podem ser utilizadas. Isso é interessante porque quando se pensa no pequeno produtor, ele tem mais chances de inserir essas plantas no mercado".

Parcerias

No momento, o Horto atende cursos como Biologia, Biotecnologia, Agronomia, Farmácia, Medicina, Química, Engenharia de Alimentos, dentre outros. "Para minha surpresa, nesse semestre, temos matriculados em Plantas Medicinais até alunos de Matemática, Letras e Nutrição", conta a professora. Também são atendidos alunos que têm bolsas de iniciação científica, de mestrado e doutorado e alunos do Ensino Médio.

Segundo Maria do Carmo, para citar dois exemplos, há cursos que utilizam material colhido no HPM para testar em filmes para preservação de alimentos ou para incluir espécies nativas em barras de cereais. "Até com cursos de humanas dá para trabalhar, porque se fizermos um trabalho com uma população indígena ou quilombola, vamos precisar da ajuda de um antropólogo ou sociólogo. Alunos da Faculdade Intercultural Indígena também trabalham conosco, participando de nossos eventos e até comercializando seus produtos nessas ocasiões. Eles têm interesse em plantas medicinais porque têm seu conhecimento tradicional, mas também querem aprender conosco".

As pesquisas são realizadas por estudantes em níveis de graduação e pós-graduação, sob orientação de professores em diferentes áreas e até diferentes países. "Nós também enviamos material para estudantes de pós-graduação que estão fazendo pesquisa com professores da Espanha e da Bélgica, por exemplo. Enviamos extratos de plantas para análise em equipamentos que às vezes não temos no Brasil e, então, eles nos devolvem os resultados".

Dentre os resultados obtidos nos diferentes trabalhos de extensão, Maria do Carmo, cita, ainda, a importância de mostrar aos alunos da UFGD e à sociedade douradense o valor de um trabalho social e a importância da Universidade na prestação de serviço, levando à melhoria do bem estar dos cidadãos.



Fonte: Dourados Agora



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