A polícia descobriu que golpistas vêm usando supostos pastores e membros de igrejas para tentar desacreditar a Justiça. Eles estariam apelando à crença e aliciando as vítimas de um golpe financeiro, com promessas de bênçãos e de que receberão os lucros sobre dinheiro investido nos negócios do grupo.
Os suspeitos, que segundo as autoridades continuam operando no mercado ilegal, são alvos da Operação Ouro de Ofir, deflagrada esta semana pela Polícia Federal e Receita Fedral, em Mato Grosso do Sul.
Com mensagens apelativas, eles continuaram enviando mensagens via redes sociais: "maior é aquele que está conosco, do que aquele que é contra nós" e "aos olhos de Deus nada é impossível".
Numa das conversas, conforme a polícia, um líder diz: "o que a polícia quer é que as pessoas entrem na paranoia e façam denúncia para eles criarem provas".
O delegado da PF Cleo Mazzotti disse em coletiva à imprensa que as vítimas eram 'seduzidas'. "Eles eram os 'corretores' responsáveis em captar as vítimas".
Durante a operação iniciada na terça-feira, a PF prendeu três pessoas, apontadas como os líderes do esquema criminoso que tirou milhões de reais de pelo menos 25 mil pessoas em todo país.
A cota mínima, para investir em negócios envolvendo uma mina de ouro em MS era de R$ 1 mil. A quadrilha falsificava documentos de órgãos públicos federais, para dar aparência de legitimidade aos negócios escusos.