Os administradores do grupo Amerra Capital Management (gestora junto com a associada CarVal Investors) visitaram Naviraí e promoveram um dia de campo, com a participação de cerca de uma centena de pessoas, incluindo algumas dezenas de agricultores (plantadores de cana), parceiros de investimentos, representantes comerciais, PMA, Câmara Municipal, cooperativas, agentes de créditos bancários e o prefeito Izauri de Macedo (acompanhado do gerente de Desenvolvimento Econômico – Fernando Kamitani).
Os gestores da usina Rio Amambai Agroenergia disseram que é preciso a união de todos os interessados para haver o desenvolvimento do empreendimento industrial que já está sendo viabilizado com os produtores, que já estão cultivando 16,5 mil hectares e que conta com um viveiro de 370 hectares e eles querem contar com a parceria dos produtores para ampliar a produção.
Os produtores terão à sua disposição 20 variedades de cana para produzir e vender para a industrialização com a moagem de 700 mil toneladas a 3,5 milhões de toneladas de matéria-prima (cana) para obter açúcar e álcool, em quantidades ainda não estimadas.
Até agora, na reformulação do parque industrial original da indústria sucro-alcooleira de Naviraí já houve o investimento de R$ 100 milhões, incluindo as novas instalações para a vinhaça, com dois quilômetros de tubulação até as bacias de decantação, com proteção impermeável para o solo e posterior distribuição para a ferti-irrigação.
A retomada da produção da usina deve acontecer até meio do ano (não há uma data fixada, que pode qualquer dia entre abril e agosto). Até lá, os mais de 700 trabalhadores contratados agem no campo (cultivando as plantas) e na indústria (reformando as instalações e montando equipamentos).
As chaminés da usina foram trocadas, o mesmo acontecendo com a moenda e as turbinas, o depósito de defensivos novos, lagoa aprovada pelo Imasul. Todos os funcionários estão passando por cursos e treinamentos, como já ocorreu com os operadores de máquinas e com os tratoristas.
A usina deve produzir açúcar e álcool e também ficará em condição de gerar energia do bagaço da cana para vender, mas a novidade foi a declaração de que haverá a adequação da planta industrial para a produção de etanol de milho, um projeto que deve ser detalhado e divulgado e um futuro próximo.