O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta manhã (18) a segunda fase da Operação Bolsão, que foi denominada Padrinho. Nesta etapa estão sendo investigados os crimes de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e concussão, extorsão praticada por funcionário público.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPE-MS), as diligências estão sendo realizadas em Paranaíba, Aparecida do Taboado e Ribeirão Preto. Ainda não há informações sobre quantos mandatos estão sendo cumpridos e quais são os alvos da operação.
PRIMEIRA FASE
No dia 13 de fevereiro deste ano o MPE deflagrou a primeira etapa da operação em quatro cidades do Estado na região do Bolsão: Cassilândia, Paranaíba, Chapadão, e Aparecida do Taboado.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, dentre os alvos estavam as Agências Fazendárias de Cassilândia e Paranaíba e a sede da Secretaria de Estado de Receita e Controle de Paranaíba. Foram quatro mandados de prisão temporária e seis mandados de condução coercitiva, dentre eles de dois auditores fiscais lotados nas cidades de Paranaíba e Cassilândia.
As residências dos investigados foram alvos de busca e escritórios de contabilidade, também. No início do ano a operação envolveu seis promotores de Justiça e 32 policiais militares.
A investigação apurou a prática dos crimes de associação criminosa, concussão e falsidade ideológica, tendo como vítimas empresários destas localidades que, a pretexto de terem reduzidas ou perdoadas dívidas junto ao fisco estadual, eram compelidos a pagar propina a auditores fiscais do Estado, que se valiam de terceiros e contadores para a exigência da propina e seu recebimento.