A Polícia Federal (PF) está nas ruas cumprindo sete mandados de prisão temporária referentes à 48ª fase da Operação Lava Jato. Batizada de "Integração", esta etapa foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, dia 22 de fevereiro.
Há mandados de busca e apreensão sendo cumpridos na Casa Civil do Paraná – que fica no Palácio Iguaçu, sede do Governo paranaense –, na presidência do Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná (DER/PR) e na Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).
Ao todo, há 50 mandados de busca e apreensão que devem ser cumpridos em quatro estados: Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
Anel da Integração
De acordo com a PF, o foco desta etapa, que é a primeira de 2018, é a apuração de casos de corrupção envolvendo os procedimentos de concessão de rodovias federais do Paraná que fazem parte do Anel da Integração.
Criado em 1997, o Anel da Integração interliga as principais cidades do Paraná. São seis lotes de concessão de estradas federais por um prazo de 24 anos. O Anel da Integração tem 2,4 mil quilômetros.
Servidores da Receita Federal e representantes do Ministério Público Federal (MPF) também participam da ação.
Segundo a PF, uma das concessionárias alvo desta fase usou os serviços dos operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, já investigados na Lava Jato, para lavar dinheiro.
A viabilização do pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), DER/PR e da Casa Civil do Governo do Estado do Paraná está entre os serviços prestados pelos operadores.
Corrupção, fraude a licitações e lavagens de ativos são os crimes investigados nesta etapa da Lava Jato.