Dois garagistas foram presos ontem (15) em Dourados, acusados de financiar traficantes de drogas que compram maconha no Paraguai para levar a grandes centros consumidores do país.
Cláudio Rodrigues, de 43, de anos e Carlos Vieira de Aguiar Júnior, de 39 anos, donos de uma garagem localizada na Avenida Coronel Ponciano, foram presos pelo SIG (Serviço de Investigações Gerais) da Polícia Civil após a prisão de Thiago Henrique Benites Pádua, de 32 anos, morador no residencial Vival dos Ipês, região sul da cidade.
Os policiais chegaram a Thiago durante as investigações da Operação Assepsia, deflagrada na madrugada do dia 05 deste mês, quando 24 pessoas foram presas em Dourados por ligação com o tráfico e vários outros crimes.
Na casa de Thiago a polícia encontrou 59 fardos de maconha. A mulher dele, de 21 anos, também foi presa e levada para a 1ª Delegacia de Polícia.
Como já estavam investigando Thiago, os policiais sabiam que ele tinha dois veículos, um Prisma e uma S10, ambos na cor preta. Como a caminhonete não foi encontrada na casa, os agentes questionaram sobre a S10.
O homem confessou então, que tinha deixado a caminhonete com um garagista porque precisava de R$ 2 mil para comprar a maconha encontrada na casa. A S10 ano 2013 vale pelo menos R$ 60 mil, mas foi deixada por um valor irrisório com o garagista.
Segundo o delegado Rodolfo Daltro, a polícia apurou ainda que os donos da mesma garagem faziam serviço de agiotagem, emprestando dinheiro a juros a várias pessoas para comprar droga.
As investigações mostram que os garagistas tinham a prática de emprestar dinheiro, e ficavam com veículos como garantia e se o empréstimo não fosse pago, vendiam os carros para recuperar o valor emprestado.
No escritório da garagem, onde os dois proprietários foram presos, o SIG apreendeu uma pistola calibre 9 milímetros e uma calibre 380, ambas municiadas.
Cláudio Rodrigues negou a história contada por Thiago e disse que havia comprado a caminhonete por R$ 10 mil. Na casa dele os policiais encontraram outra pistola calibre 380. Já na casa de Carlos Júnior foram encontrados R$ 15 mil em dinheiro. Os dois veículos, celulares e documentos também foram apreendidos pela polícia.