Após prestar esclarecimentos sobre o atentado ao prefeito de Paranhos, Dirceu Bettoni (PSDB), Jomar Lemes, de 47 anos, foi executado a tiros de pistola 9 milímetros e pistola ponto 40 ao sair da delegacia de Polícia Civil no município que investiga o crime. O caso aconteceu no começo da tarde de ontem, domingo (17), no cruzamento das ruas 7 de Setembro com a Alberto Ratier, no Centro de Paranhos.
Conforme a Polícia Civil, Jomar havia acabado de prestar depoimento e voltava para a casa, quando foi abordado pelos atiradores em um veículo. Ele foi atingido por vários tiros, principalmente na região da cabeça. No local, foram recolhidas 37 capsulas de pistola 9 milímetros e oito de ponto 40. A vítima era natural do Paraguai, mas residia no Brasil.
Segundo a Polícia, Jomar tinha envolvimento com o atentado contra o prefeito Dirceu Bettoni. O delegado Mikaill Alessandro Gouveia Faria, disse que as investigações apontam ligações de Jomar com o pistoleiro Gabriel Queiroz, que recebeu R$ 20 mil para executar o prefeito. O paraguaio teria intermediado o atentado.
Segundo o delegado, antes de ser liberado da delegacia, Jomar teve o veículo e o celular apreendidos para serem submetidos à perícia. Ele só não foi preso porque tinha passado o flagrante, seria indiciado como coautor no inquérito que investiga o atentado contra o prefeito.
Jomar foi morto horas depois que o pistoleiro Gabriel Queiroz, de 26 anos, e a mulher dele, Djuly Priscilla Couto, de 28 anos, suspeitos pelo atentado ao prefeito, foram presos por equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), na BR-163, na região de Rio Brilhante.
A Polícia chegou casal após ter encontrado o homem que vendeu a motocicleta para o pistoleiro, que entregou a dupla.
Em relato aos policiais, o autor dos disparos confessou que teria recebido R$ 20 mil de um homem identificado apenas como um brasileiro que vive no Paraguai para executar o crime.
A Polícia informou que não irá revelar a identidade do mandante para não haver prejuízo às investigações. Há suspeita de que a esposa do pistoleiro tenha dado cobertura ao crime, porém a mulher nega. Gabriel, que tem várias passagens por roubo e disparo de arma de fogo.