Um verdadeiro velho oeste, está é a definição de vários moradores da cidade de Paranhos, após o atentado contra o prefeito Dirceu Bettoni (PSDB), na última quinta-feira (14).
Com clima de medo muitas pessoas começaram a andar armadas na cidade. O Jornal Midiamax entrou em contato com alguns moradores que relataram que a insegurança e o medo se instalaram depois da tentativa de homicídio contra Dirceu.
“Saio na rua só se for muito necessário, porque tenho muito medo depois de tudo que aconteceu”, disse um morador, que por razões de segurança não foi identificado na matéria.
Segundo ele, muitas pessoas estão andando armadas e qualquer fato já é motivo para “mandar bala”. Agora o que está acontecendo é “atira primeiro e pergunta depois”, disse um servidor.
O delegado que está investigando o caso, Mikail Faria, se limitou a dizer que está sendo investigado o mandante do crime, que moraria no Paraguai. E que Jomar Lemes, a testemunha morta por pistoleiros logo após ser prestar depoimento na delegacia da cidade, teria sido assassinado por desavenças antigas, mas existia a suspeita de envolvimento no atentado contra Dirceu, apesar, de ter negado em depoimento. Ele teria duas identidades, sendo que uma delas foi encontrada no bolso de Jomar após sua execução.
Jomar foi morto após deixar a delegacia onde prestou depoimento e negou qualquer envolvimento no atentado contra o prefeito. No local da execução, a polícia encontrou 37 cápsulas de munição de pistola nove milímetros e oito de ponto quarenta. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local antes que o socorro pudesse ser acionado.
Um casal identificado como Gabriel Queiroz, 26 anos, e Djuly Priscilla Couto, 28 anos, foi preso na madrugada do último domingo (17), na BR-163, em Rio Brilhante quando seguia para Campo Grande. Eles são acusados pelo atentado.
O autor dos disparos confessou que teria recebido R$ 20 mil de um homem identificado apenas como um brasileiro que vive no Paraguai para executar o crime. A moto utilizada pelo casal no crime foi encontrada pela Polícia ainda na quinta-feira, a poucas quadras da casa do prefeito de Paranhos.
O crime ocorreu na última quinta-feira. O prefeito Dirceu Bettoni (PSDB) sofreu o atentado enquanto chegava em casa em sua caminhonete. Ele recebeu disparos no maxilar, pescoço, ombro e abdômen.
O prefeito foi levado ao Hospital Municipal Nossa Senhora Conceição. Ele foi socorrido pelo vice-prefeito da cidade, e por familiares que escutaram os disparos.
Calote no pagamento de uma fazenda teria sido a causa do atentado. Principal suspeito de ter encomendado o crime, um brasileiro que vive no Paraguai, teria se irritado ao ter a dívida cobrada pela vítima.
Informações apuradas dão conta de que Bettoni havia vendido uma fazenda no Paraguai para o autor. O suposto mandante do crime não teria feito o pagamento da propriedade e por isso, o prefeito protocolou ação na Justiça Paraguaia que bloqueou os bens do comprador.
Irritado, o suspeito teria encomendado a execução de Dirceu, crime pelo qual pagou R$ 20 mil.
