A partir desta terça-feira (23) a Guarda Municipal de Campo Grande passa a ser intitulada de Polícia Municipal e já tem 380 agentes da segurança pública armados e treinados para ações e rondas. Hoje foi a formatura da segunda turma do curso de armamento, onde 280 policiais municipais receberam arma de fogo.
Na prática, conforme o secretário de Segurança Pública do município, Valério Azambuja, não muda muita coisa na ação dos guardas. “Na prática muda pouco do que eles já vinham fazendo. As atribuições previstas na Constituição como polícia. A guarda está dentro do Sistema Único de Segurança Pública. Já fazemos parte do SIGO [Sistema Integrado de Gestão Operacional], mas falta termos acesso para que os boletins de ocorrência sejam lançados diretamente para integrar e melhorar a estatística do Governo do Estado também. Precisamos também ter a consulta de mandados de prisão”, comentou Azambuja.
Além da atuação, algumas mudanças visuais devem ocorrer na corporação. Futuramente as viaturas serão adesivadas, brasões, farda e adereços serão alterados também. A informação é que os carros serão parecidos com os da polícia municipal de São Paulo.
Durante o evento, realizado no Comando da Polícia Municipal, no bairro Carandá Bosque, além da mudança de titulação, a antiga Guarda Municipal também realizou a formatura de 280 agentes no curso de armamento.
Com os formandos, a corporação agora tem 380 homens e mulheres armados nas ruas de Campo Grande. Conforme o secretário, esse número representa 50% do efetivo das ruas. “Devidamente capacitado e armado para atender as ocorrências. Não há conflito com a PM [Polícia Militar]. É um trabalho complementar”, concluiu.
A MUDANÇA
A proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal que alterou o nome de Guarda Municipal para Polícia Municipal foi aprovada por unanimidade, em segunda votação, pela Câmara Municipal no dia 18 de outubro.
Os servidores vão agora para o enfrentamento do plano de cargos e carreiras da Polícia Municipal na LOM, com o intuito de fazer prevalecer um sistema remuneratório e de promoções, além de um estatuto de conduta. As discussões ocorrem até dezembro.
Para a troca dos uniformes e viaturas, a ideia é utilizar os R$ 800 mil que estão inclusos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019. “Como é questão de mudar apenas os adereços dos nomes e adesivos do carro, não deve ser muita coisa. Isso vai acontecer gradativamente, conforme a Prefeitura determinar”.
