Os municípios do sul do Estado que estão em situação de emergência, Amambai, Coronel Sapucaia, Iguatemi e Tacuru, estão aguardando recursos para reconstrução de pontes e estradas destruídas pela forte chuva do mês passado.
Em Amambai o coordenador da Defesa Civil Wilson Vicente Ferreira conta que sete pontes foram comprometidas. “Quatro foram danificadas e três totalmente destruídas. Isso aumentou muito o trajeto dos moradores da zona rural para sair do local. Tem locais que é preciso dar uma volta de até 200 quilômetros para poder sair na estrada”, contou ele.
Ao todo são 1,7 mil quilômetros de estradas de chão que são utilizadas para ligar a cidade ao campo. “Parou o transporte escolar e tem local que o ônibus não está conseguindo chegar para pegar as crianças. Por enquanto só conseguimos fazer o trabalho emergencial”, ressalta.
Já em Coronel Sapucaia, os estragos das estradas vicinais, cabeceiras e pontes se acumulam desde o ano passado. Segundo o secretário de infraestrutura da cidade, Aldacir da Silva Cardinal, as três pontes que quebraram com as chuvas de 2017 ainda não foram arrumadas.
“Estivemos com o prefeito em Brasília semana passada tentando resolver esse dilema. Foi aprovado projeto, só que o governo federal não liberou o dinheiro para fazer. A situação é cada vez pior, porque no mês passado foram duas pontes condenadas. Agora são cinco que estão interditadas”, disse Cardinal.
O secretário afirma que desde 2015 as chuvas na região estão provocando prejuízos anuais. “Esse ano foi o que tivemos os maiores estragos. Foram 15 dias de chuva, com acumulado de 600 milímetros”, ressaltou.
Cardinal explica que o solo é muito arenoso e o município não tem recursos para cascalhar e fazer estrada adequada. Desde o mês passado as estradas que ligam o município também foram prejudicadas com erosão.
“Só existe duas estradas, uma está bloqueada e a outra só está passando carro de passeio”, explicou. O trecho da estrada estadual que liga Coronel Sapucaia a Paranhos está bloqueado e por isso cerca de 50 alunos não estão indo para aula, porque o ônibus não chega até as fazendas.
A estrada municipal da região do Cerro Peron, que liga Fazenda Ivaé a Fazenda Mangueira Preta também está com erosão. “Fizemos um desvio no local. Ainda estamos aguardando a Agesul que ficou de mandar caminhões há 15 dias e ainda não chegou. Se não tiver recuperação urgente, vamos ter problema lá na frente para escoamento da safra”.