No Brasil, aproximadamente dois milhões de famílias convivem com o transtorno do espectro autista (TEA), uma síndrome que compromete socialização, comunicação verbal e não verbal; com comportamento restrito e repetitivo (estereotipias).
O isolamento social durante a pandemia de Covid-19 (novo coronavírus) impõe à essas famílias um novo desafio: as mudanças de comportamento secundárias à este afastamento da rotina.
É queixa comum nesse novo cenário, a presença de irritabilidade, agressividade, impaciência, e a exacerbação de sintomas anteriores ao tratamento do TEA. Contribuem para a piora desses pacientes a falta das terapias (psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo, terapia ocupacional, etc); o abandono do uso das medicações costumeiras, a mudança de padrão no ciclo sono/ vigília, dentre outras.
O autismo sozinho não causa nenhum tipo de imunodeficiência; e portanto NÃO as coloca em grupo de risco. Em caso de haver contágio de crianças autistas pelo coronavírus, poderão desenvolver o quadro clínico como qualquer outra criança.
As recomendações de prevenção contra coronavírus são as mesmas para todos: evitar aglomerações, usar máscaras fora do domicílio, lavar as mãos e usar álcool gel, tossir sobre a manga da camisa evitando contaminar as mãos.
Para amenizar esse sofrimento advindo do distanciamento social no TEA, é importante manter as terapias (atendimento online sempre que possível), seguir as propostas de atividades escolares que estão sendo desenvolvidas, e manter vinculo próximo com o especialista médico (neurologista) para esclarecimento de dúvidas e eventuais ajustes de medicação.
Por Dr. Thiago Santos, neurologista
Médico graduado pela UFGD/ Neurologista pelo hospital Risoleta Tolentino neves – UFMG / Estágio em neuropediatria no Hospital das Clínicas – USP. Atende em Naviraí na Clínica Neuroger medicina especializada, localizada na rua Jamil Salem nº 200- centro