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QUARTA-FEIRA, 24 DE ABRIL DE 2024
09 de JANEIRO de 2021

Desde Lei Maria da Penha, 2020 foi ano com mais mulheres assassinadas em MS

Delegada Fernanda Félix, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher. (Foto: Henrique Kawaminami)

O ano de 2020 foi marcado por vários casos de violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul. De janeiro a dezembro, 39 feminicídios foram registrados no Estado. Esse dado representa um aumento de 30% em relação ao ano de 2019.

Titular da Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher), a delegada Fernanda Félix relatou que, desde a criação da Lei Maria da Penha, em agosto de 2016, o ano de 2020 foi o que mais matou mulheres em Mato Grosso do Sul.

Somente na Capital, o número de feminicídios chegou a 11. No ano passado, foram registrados cinco. "Das 11 vítimas de 2020, apenas três tinham medidas protetivas", frisou a delegada. 

De todos os feminicidas, apenas Hércules Alves de Souza, 21 anos, continua foragido. Ele matou a ex-namorada, Yasmin Beatriz Almeida Guedes, 18 anos, com oito tiros na noite do dia 28 de setembro, no Jardim Colibri.

Segundo Fernanda, o crime mais registrado na Deam em 2020 foi ameaça, com 4.954 boletins de ocorrência, seguido de lesão corporal (1.859) e estupros (407). "Analisando os registros de todos os crimes, com exceção de feminicídios, eles são menores em 2020. E isso significa que, provavelmente, houve sub-notificação, ou seja, a violência continua acontecendo, mas não chega até a delegacia", explicou. 

A delegada ressaltou que os casos de violência ocorrem, na sua maior parte, dentro dos lares. "A mulher sofre violência dentro de casa, onde era para ter descanso e harmonia. Nos primeiros sinais de violência, ela pode evitar que chegue ao feminicídio, procurando a delegacia para registrar boletim de ocorrência, solicitando medidas protetivas".

Em Campo Grande, no ano passado, a primeira morte foi de Regiane Fernandes de Farias, assassinada aos 39 anos. Ela chegava ao trabalho, numa floricultura na Rua Vitório Zeola, no Bairro Carandá Bosque.

A florista foi abordada pelo ex-namorado, Suetônio Pereira Ferreira, 57 anos, ainda tentou conversar com o homem, mas foi atingida por disparos. Depois de balear Regiane, o autor atirou contra o próprio ouvido. Ela morreu horas depois na Santa Casa de Campo Grande. O ex recebeu alta e foi preso.

A última vítima de 2020 na Capital foi morta em 4 de dezembro. Quase dois anos após matar a sogra, Wantuir Sonchini da Silva, 43 anos, matou a ex-mulher, Fabiana Lopes dos Santos, com 19 facadas no Bairro Parque do Lageado. Ela se recusava a retomar o relacionamento.

Wantuir foi encontrado morto no dia 9 de dezembro, pendurado pelo pescoço numa árvore às margens da BR-262, No período da tarde, a Polícia Civil da cidade recebeu informação de que um corpo tinha sido encontrado pendurado pelo pescoço numa árvore, próximo ao Posto Aparecidinha, às margens da BR-262, em Ribas do Rio Pardo.



Fonte: Campo Grande News



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