O MPE (Ministério Público Estadual) notificou há pouco a prefeitura de Dourados, que terá agora 10 dias para se pronunciar sobre a recomendação expedida pelo promotor de Justiça Ricardo Rotunno, pedindo a exoneração do ex-diretor presidente da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), Albino Mendes, ou de seu filho, Everton Basílio Pacco Mendes, que ocupa função de diretor técnico da UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a PGM (Procuradoria Geral do Município) analisará o caso e responderá dentro do prazo estipulado pela Promotoria, em 10 dias.
A recomendação da exoneração de um dos servidores se dá pelo fato de Mendes, hoje na Assessoria Especial II no gabinete da prefeita Délia Razuk (PR), havia nomeado o seu filho quando ainda atuava na função de diretor da Fundação, em 2 de fevereiro, apontando para caso de nepotismo.
Sua exoneração na Funsaud ocorreu no dia 9 de fevereiro, data em que assumiu o novo cargo o que levou o Ministério Público a entender que houve por parte da administração municipal, responsável pelas nomeações, a tentativa de ludibriar a sociedade.
"A conduta praticada viola o princípio da moralidade administrativa, na medida em que restou clara a tentativa dos envolvidos de ludibriar, principalmente a sociedade, dando ares de legalidade à manutenção de pai e filho em cargos de confiança vinculados, ainda que indiretamente, ao Gabinete da Chefe do Poder Executivo".
Segundo o Ministério Público, caso a recomendação não seja cumprida, serão tomadas "providências judiciais e extrajudiciais pertinentes para garantir a prevalência das normas de proteção ao patrimônio público e social".