Blocos e escolas de samba de seis municípios de Mato Grosso do Sul receberam, ontem (11), repasse de R$ 721,5 mil com objetivo de reforçar a festa e afastar a crise ao menos no Carnaval.
“Em momento algum foi cogitado não se fazer o repasse. Muitos municípios tem no Carnaval uma tradição de anos e este é o momento de esquecer a crise e fazer com que o espírito do Carnaval nos contagie para superar as dificuldades que passamos no ano passado”, pontuou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Campo Grande, Corumbá, Ladário, Aquidauana, Anastácio e Fátima do Sul foram selecionados para receber o recurso, segundo o secretário de Cultura Athayde Nery, por sua representatividade e tradição. Em relação ao ano passado, o repasse teve aumento de R$ 176,5 mil.
Para quem julga o investimento desnecessário, o presidente da Liga das Entidades Carnavalescas (Lienca) da Capital, Eduardo de Souza Neto, avisou que ambulâncias e hospitais deveriam ser obrigação durante todo o ano e que não vale usar o Carnaval para justificar “discursos demagógicos”.
CUSTO
Na Capital, a escola de samba Deixe Falar pretende contar a história do Carnaval investindo R$ 70 mil no desfile. Até o momento, conforme seu presidente Salvador Dodero, o caixa tem R$ 32 mil. Vender camisetas, bebidas e lanches tem sido, então, a alternativa para fechar as contas da agremiação da Vila Marli.
Em Corumbá, cada uma das dez escolas de samba deve gastar em média R$ 120 mil em fantasias e alegorias. A Império do Morro, campeã no ano passado, tem projeção de gastos de R$ 240 mil. O município, junto com Ladário, concentra a maior fatia do repasse estadual (R$ 302,5 mil).
Aposta mesmo fez Fátima do Sul, benefiada com R$ 70 mil. Três escolas de samba terão a difícil missão de desviar o foco dos danos estruturais causados pela chuva intensa, além de ampliar a arrecadação. “Esperamos 20 mil pessoas por dia e se cada um gastar R$ 20 será muito bom para movimentar a economia”, pontuou o prefeito Junior Vasconcelos (PSDB).