As pessoas podem ser aliadas, adversárias ou neutras, mas todas, sem exceção, cumprem algum papel importante no jogo que sua alma anda querendo fazer. Só vale se lembrar que as pessoas não são peças inertes desse jogo.
Verdade é que nenhum ser humano quer ser ninguém, em todas as pessoas há uma oculta esperança de aparecer, de causar impacto. O assunto não é negar ou aceitar a realidade, mas lidar com ela da melhor forma possível.
A alma quer o que está distante, e corre o risco de negligenciar tudo que, por ser próximo, é dado por sabido. Querer o que está fora do alcance é bom, mas requer que se faça um jogo de estratégias bem pensado. É assim.
Aquele momento em que a alma não consegue saber mais direito quem são as pessoas com que se pode contar, e quem as que sua alma deve desconfiar. Esse é o momento em que as cartas do jogo ficam estranhamente embaralhadas.
Adversárias ou aliadas, as pessoas servem de referência para essas conversas intermináveis que acontecem dentro de sua própria mente. Este é o momento de sua alma ficar consciente da importância dessas referências.
Sempre haverá alguma potencialidade maior e melhor a ser explorada e trazida à manifestação. Mas, em algum momento, sua alma também precisará fazer a manutenção de tudo que trouxe à realidade. Tarefas.
Pois bem, chegou a hora de rever, com lucidez, todos os movimentos que sua alma andou fazendo para emplacar seus desejos. Isso é necessário, para não continuar investindo tempo e energia em assuntos que não levariam a nada.
Saber de tudo não significa que você tenha total liberdade de agir de acordo. Há coisas que se sabem, mas que precisam continuar sob o manto da discrição, já que a exposição provocaria distorções desnecessárias.
Este é um daqueles momentos em que, se fosse possível, sua alma puxaria o fio da tomada e desligaria a mente, porque essa, de tanto pensar, faz doer e cria inquietações. Sua alma precisa de tranquilidade, isso sim.
Enquanto houver mínima racionalidade na administração dos recursos disponíveis, tudo continuará correndo da melhor maneira possível, apesar dos sobressaltos e contratempos. Racionalidade também é bom.
Apesar da lucidez de suas intervenções, isso cria uma resistência maior ainda que a normal das pessoas que são afetadas por essas. O exercício da lucidez raramente é bem-vindo, é normalmente visto com desconfiança.
Agora você terá lucidez suficiente para se debruçar sobre questões que, num passado não muito distante, eram verdadeiros enigmas que sua alma não conseguia resolver. Isso é muito bom, joga luz sobre as sombras.