O retorno às aulas presenciais, até o momento, é inevitável em Mato Grosso do Sul e as principais universidades - públicas ou particulares -, descartam exigir vacinação de alunos e professores, como forma de ampliar a proteção coletiva das comunidades acadêmicas e reduzir danos de uma eventual infecção pelo coronavírus.
Segundo dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), o Estado passa por um dos maiores picos de transmissão de covid-19, em toda a pandemia, desde o fim de 2021. Mesmo que óbitos sejam em menor quantia, na comparação com o primeiro semestre do ano passado, cerca de 95% dos casos graves ocorrem em quem está sem esquema vacinal completo.
O estudante Gabriel Gonçalves, de 19 anos, tem receio do retorno às aulas presenciais, mas ressalta que o passaporte vacinal cria um ambiente de segurança. "Mesmo as chances de casos graves sendo menores entre vacinados, elas ainda existem, e por isso ainda tem um risco. Só que se for para voltar, eu prefiro que seja com a obrigatoriedade do comprovante".
Em nota, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) confirma que "não há exigência de comprovação de vacina contra a covid-19". A instituição ressalta que as aulas presenciais retornam em 7 de março, com uso obrigatório de máscara - definido por decreto municipal e estadual -, e disponibilização de "álcool e sabão para higienização".
Outros processos burocráticos têm sido feitos de forma on-line, tais como matrícula e renovação, e a universidade informa que monitora o percentual de vacinados.
O Campo Grande News questionou hoje a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que informou que não adotaria a exigência, há duas semanas. Nesta manhã, a reportagem não foi respondida, se a decisão permanece, até a publicação desta matéria, mas o espaço segue disponível para eventuais posicionamentos e informações.
Já a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) informa que, com base em reunião realizada em Cepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão), recomendações sanitárias dos entes municipais e estaduais serão adotadas e que, portanto, o passaporte vacinal segue inexistente.