Há questões de ordem prática que não admitem soluções simplistas, porque não existe bala de prata que dê conta delas. Diante desse cenário, respire fundo e tome medidas pequenas e temporárias apenas. Isso solucionará.
Cuide para não se precipitar nem muito menos reagir impulsivamente ao que acontece, ainda que sua alma pretenda se cobrir de razões argumentativas para explicar, depois, o que fez. A contenção seria hoje mais sábia.
Há dias em que a alma parece decidida a encontrar razões para recriminar a si mesma, e se torturar com ideações teóricas, só para se sentir mal. Isso é inevitável, mas você escolhe o quanto deseja estacionar aí.
Há dias em que as pessoas que normalmente trariam condições favoráveis para todo mundo agir de forma criativa, são as mesmas que provocam distúrbios e espalham a brasa. São pessoas, sempre sujeitas a humores.
Despertar com a corda toda não significa que você se deva lançar à ação sem antes pensar direito o que pretende obter como resultado, porque talvez você tenha boa mira, porém, as suas estratégias não sejam acertadas.
Por vezes, a alma cospe opiniões infundadas e se agarra a elas como se fossem a quintessência da verdade, só para não dar o braço a torcer. Isso acontece, mas é melhor não estacionar aí por tempo excessivo.
A paciência não é infinita, e ao mesmo tempo há gente que perturba de forma insistente. Encontre uma maneira firme, porém delicada, para tomar distância das pessoas e situações que provocam impaciência em sua alma.
Procure se munir de paciência e tolerância, porque os humores andam hoje bastante alterados e não se poderia esperar que as pessoas com que você entrar em contato respondam hoje do mesmo jeito de sempre. Paciência.
Diante dos objetos que deveriam funcionar assim e assado, mas que quebram ou demonstram comportamentos insólitos, procure reagir com bom humor, porque dando risadas alegres você quebrará o encantamento desencantado.
Fazer o que lhe dá na telha sempre surge como uma ótima ideia, porém, não é todo dia que o cenário é propício para esse comportamento. Hoje, se você quiser, insista nesse sentido, mas não é aconselhável.
O ambiente pelo qual você transita a maior parte do tempo é, teoricamente, um refúgio, um lugar familiar onde sua alma se sente à vontade. Porém, há dias, como hoje, em que nem esse lugar promove serenidade.
Os peixes morrem pela boca, pelas palavras que deveriam ter sido silenciadas, e que, uma vez proferidas, não haveria como recolher. Talvez hoje seja propício fazer o exercício da contenção, o exercício do silêncio.