As pequenas coisas do dia a dia fazem enorme diferença, quando funcionam normalmente brindam com alegria e leveza, quando empacam e desandam produzem comoções que não ajudam em nada, pelo contrário, atrapalham.
A valorização que você busca não está apenas na apreciação que as pessoas façam de sua presença, mas também no olhar que você der sobre sua própria alma, sendo sincera e realista a respeito de tudo que anda acontecendo.
Apesar de a mente enxergar tudo dividido em partes, uma realidade fragmentada, por trás dessa aparência há um fio condutor que alinhava todos os acontecimentos, lhes brindando com sentido e significado. Essa é a realidade.
Entre como tudo deveria ser e como as coisas são não há um abismo intransponível, desde que seus princípios sejam praticáveis, porque se você se agarrar a ideais impossíveis, essa diferença será abissal mesmo. Melhor não.
Mente e coração só estão em conflito porque nossa humanidade inventou que só a razão deveria servir de instrumento de orientação, mas se as emoções fossem valorizadas, então teríamos mais equilíbrio no andar.
Nunca se sabe ao certo se a iniciativa que vai ser tomada será bem sucedida, a alma precisa lidar com a incerteza da melhor maneira possível, porque é inevitável. Não há melhor remédio para isso do que a indiferença.
Agora é quando a alma precisa se retirar por um tempo da cena, mas provavelmente não há espaço nem tempo para isso, dados os compromissos que devem ser cumpridos. A solução é se esconder atrás de um personagem.
Os interesses e as emoções convergem para este momento, e sua alma sabe que precisa se articular socialmente de tal maneira que os dois se mantenham unidos, em solidariedade. Isso é o mais importante agora.
Agora é quando sua alma está exposta o suficiente para comprovar que as ações que empreende tem repercussões, seja através de críticas, de elogios, ou da emoção decepcionante de ser ignorada, o que seria um horror.
A mente se abre para novas possibilidades, que sua alma há de acolher, porque este é o momento de ampliar o panorama, lutando contra a inércia que manda se fechar em si, desprezando a necessária aventura de viver.
Uma pulga atrás da orelha, uma coceira que não se pode coçar, haveria condições mais irritantes? Provavelmente haja, sim, porém, não se trata de competir para ver o que irrita mais, e sim, fazer algo a respeito.
Ainda que no pensamento contemporâneo se encontre a necessidade de se libertar do olhar alheio sobre nós, nada na natureza existe apenas para si mesmo, ou por acaso o aroma da flor seria somente para ela? Claro que não!