Há assuntos delicados que requerem diálogo sincero, e enquanto esse cenário ideal não esteja disponível, melhor não colocar nada sobre a mesa, mas deixar passar o tempo e esperar pela ocasião propícia. Melhor assim.
Saber o que é realmente importante e o que seria digno de indiferença, é para isso que serve o discernimento, um instrumento que, apesar de disponível para qualquer ser humano, só tem uso por força de vontade.
As obrigações hão de ser prioridade neste momento, mesmo e principalmente, se houver desinteresse a esse respeito. O desinteresse seria uma forma de complicar o que, com atenção e carinho, poderia ser resolvido.
A normalidade pode ser uma bobagem, mas tem um poder enorme, porque é onde as pessoas se refugiam para não se estressarem tentando decifrar os mistérios da vida. Há momentos, porém, em que a normalidade não ajuda.
Ainda há pessoas que pretendem fazer passar o dito pelo feito, e atrapalham bastante todo o processo, porque prometem o que não cumprem, e em algum momento sua alma se depara com a conta que precisa cobrir. É assim.
Há dificuldades que é melhor evitar, mas há outras que representam os desafios pertinentes aos objetivos que sua alma persegue. É preciso luzir muito discernimento para distinguir umas e outras situações.
Argumentos não darão conta do que só com esforço prático poderia ser solucionado, portanto, é melhor nem começar a discutir, mas arregaçar as mangas e fazer o que estiver ao seu alcance. Quem quiser discutir, que discuta.
É bastante simples convencer alguém com meias-verdades a fazer algo que essa pessoa não estava realmente inclinada a fazer. Porém, que sabor teria essa vitória? Procure continuar fazendo tudo dentro da verdade.
Mesmo erradas, as pessoas precisam ser livres para errar sem ter olhares críticos e severos que as condenem. Afinal, se as pessoas não erram, como poderiam reconhecer o que seria certo? Espaço para tudo e todos.
Evite se preocupar se não é possível acomodar no exíguo espaço de um dia tudo que precisa ser feito. Faça o que estiver ao seu alcance com a maior boa vontade possível, e se despreocupe de todo o resto.
Não adianta dourar a pílula, há coisas que precisam ser feitas, e se fossem fáceis já teriam sido feitas. A dificuldade do cenário atual apresenta a tentação de se fingir de morto e evitar a ação. Péssima atitude.
Agora é melhor simplificar ao máximo, mas sem que essa atitude signifique que você vai se esquivar das responsabilidades. Aceite o que se apresentar, sempre procurando não se complicar com evasivas e meias-verdades.