Conselhos e opiniões são sempre muito bem-vindos, porque enriquecem a conversa e oferecem alternativas interessantes para se tomar decisões. Porém, nem sempre é assim, há momentos em que é melhor fechar os ouvidos.
É bastante comum que as pessoas tomem as promessas empenhadas como se elas fossem o mesmo que a execução, e assim tudo fica na teoria e ninguém se põe a trabalhar para que as coisas aconteçam de fato. Melhor não.
Desejos e obrigações não precisam andar em margens opostas, porque compõem o cenário completo de sua existência, e não há razão verdadeira para a alma existir em contínuo conflito entre seus quereres e deveres.
Você descobrirá que o verdadeiro sentido da liberdade não é fazer o que quiser quando desejar, mas ser capaz de tomar suas decisões sem que as pressões e constrangimentos da vida pesem demais sobre a consciência.
Emitir opiniões sem que alguém venha a censurar é um direito básico de nossa humanidade, o que lhe brinda com liberdade para falar o que quiser, inclusive o que não devia, por não haver necessidade ou por ser ofensivo.
O que você decidir, decidido estará, só cuide para que as pessoas envolvidas acompanhem as flutuações de sua alma da melhor maneira possível, para não ser pegas de surpresa e ficarem contrariadas por isso.
Talvez seja possível dar uma melhorada nas condições atuais, mas esta é a hora em que a alma precisa decidir se vai continuar fazendo exigências, ou se vai fazer concessões para que tudo comece a se tornar concreto.
Aquilo que não foi conversado abertamente, com sinceridade e honestidade, é exatamente o que vem agora a azedar o cenário, porque a realidade emerge e se manifesta nas entrelinhas dos pensamentos e das conversas.
Não se trata de má ou boa vontade, se trata apenas de que não é tão fácil assim colocar em prática o que o bom senso diria, porque isso significaria se expor demais diante de pessoas que querem derrubar você.
O que é preciso fazer agora talvez não seja o que todo mundo quer que você faça, e assim sua alma fica com o dilema de não saber se ela está certa e o mundo errado, ou ao contrário. Medite sobre o dilema.
Faça o que esteja ao alcance, nada além, nada aquém, mas para isso sua alma precisa ser sincera e honesta consigo mesma, de modo a não maquiar a preguiça nem tampouco se autointitular a salvadora de todo mundo.
Decolar é preciso, mas não é nada fácil, porque as circunstâncias continuam muito misturadas, algumas favoráveis, mas as poucas adversas têm um peso bastante grande nas decisões e no bom andamento de tudo. Não importa.