É desnecessário deixar as coisas claras nesta parte do caminho, você pode se dar ampla margem de manobra para a indecisão e, seguindo a corrente, ver aonde as coisas vão parar. Se é que vão parar em algum lugar.
Sobrou muita coisa para fazer, muita bagunça para arrumar, sobrou todo o tempo que resta da existência para continuar tentando emplacar seus sonhos, sem importar que sejam tão grandes que não caberiam numa só existência.
A persistência é boa, a insistência nem um pouco. A diferença entre um e outro movimento é muito sutil, mas os resultados são radicalmente opostos: a persistência conquista, e a insistência exaure. É assim.
Parta do princípio das suas necessidades e do que seja prioritário fazer acontecer para que elas sejam supridas. Depois da satisfação fundamental, você fica livre para buscar quaisquer encrencas que desejar.
Os acontecimentos que satisfariam sua necessidade de emoção não parecem estar disponíveis de imediato, mas é certo que surgirão em algum momento, durante o ano que acabou de começar. É tudo uma questão de confiança.
Os desejos se desejam sozinhos, ou há uma alma interior que deseja? A pergunta pode parecer abstrata demais para merecer resposta, mas pelo mero fato de você se questionar a respeito, algo diferente acontece.
Apesar da vontade, melhor não intervir no que acontece, mas observar tudo com distância, já que provavelmente tudo se resolverá sem necessidade de fazer nada. Contenha seu impulso inicial, dê um tempo à sua alma.
Imagine você se de um momento a outro a mente de nossa humanidade ficasse completamente transparente, e todo mundo soubesse o que as outras pessoas pensam e sentem. Qual seria sua primeira reação diante do fato?
É certo que haverá mudanças significativas em seu círculo de pessoas chamadas de amigas, que são aquelas que servem de referência, e que supostamente são as mais confiáveis. As pessoas mudam, as referências também.
A prioridade é o tempo produtivo, a despeito de que esse movimento seja criticado pelas pessoas que afirmam haver tempo de sobra para isso. Melhor se adiantar ao tempo do que correr atrás desse, sempre em atraso.
Dizem que a ignorância é doce e alegre, enquanto o conhecimento dói de tudo quanto é jeito. Assim, porém, também acontece que, uma vez que a alma fica sabendo do que sabe, é impossível retornar à doce ignorância.
Melhor não tentar agradar todo mundo, mas tampouco ir ao outro extremo, o de desagradar sistematicamente. Há toda uma gama de cordialidades necessárias e fundamentais entre um e outro extremo. Transite por aí.03-01-2024