O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), da Rede Ebserh, recebeu nesta semana uma equipe do Hospital Municipal de Naviraí, formada por enfermeiras obstetras, assistente social e psicóloga. A visita teve como objetivo conhecer o projeto de acolhimento a mulheres e famílias que passam pela perda gestacional, iniciativa desenvolvida no HU-UFGD há quase um ano e que tem inspirado profissionais de outras localidades.
A fisioterapeuta Amanda Jorge de Souza Stefanello, responsável pelo projeto na Unidade Multiprofissional do HU-UFGD, destacou a importância do acolhimento humanizado nesses casos. “É um projeto muito importante para as mães e para as famílias que passam por esse processo de perda. Nós acolhemos, identificamos e trazemos conforto e privacidade neste momento de dor, com a meta de oferecer assistência de qualidade para que as mães possam viver o luto de forma humanizada”, ressaltou.
A assistente social de Naviraí, Irene Bizarro, relatou como a experiência no HU-UFGD trouxe uma nova perspectiva para a equipe. “Conhecemos o projeto através de uma entrevista na internet. A experiência aqui no hospital abriu muito a nossa mente porque vamos trabalhar com a equipe lá, não só com a enfermagem, mas também com a psicologia e o serviço social. Tivemos outro olhar com essa visita”, disse.
Já a enfermeira obstetra Sara Caroline Ribeiro Simão, da maternidade municipal de Naviraí, elogiou a estrutura do HU-UFGD e ressaltou a importância da iniciativa. “A gente veio conhecer o projeto para que possamos adequar e aderir no nosso município, para uma melhoria do atendimento, principalmente nessa peculiaridade do luto gestacional. O hospital [HU-UFGD/Ebserh], a estrutura e os profissionais são maravilhosos”, comentou.
Amanda Jorge de Souza Stefanello ressaltou o impacto positivo da replicação do projeto em outras localidades. “Para o hospital, com certeza é um grande prazer saber que nossas ações motivam outros profissionais e outros municípios. Já tivemos contato de outros hospitais, até mesmo do restante do Brasil, para conhecer o nosso projeto e replicá-lo em seus hospitais. É gratificante saber que plantamos essa semente para que muitas famílias se beneficiem”.
Sobre o projeto
Em maio, o HU-UFGD/Ebserh promoveu a “Oficina de Sensibilização: Acolhimento de Mulheres em Caso de Perdas Gestacionais” e reuniu profissionais de diversas áreas do hospital. Iniciado pela fisioterapeuta Amanda Stefanello, o projeto visa oferecer apoio emocional a mulheres que enfrentam a perda gestacional. Amanda explica que a iniciativa buscou sensibilizar tanto a equipe clínica quanto os colaboradores sobre a importância do acolhimento.
Uma das ações mais impactantes do projeto, o “quarto vazio”, simbolizou a ausência sentida pela mãe que perde o bebê. Para facilitar o reconhecimento e acolhimento, o HU-UFGD identificou as pacientes em luto com uma pulseira lilás, informando a todos os profissionais sobre a delicadeza necessária no tratamento. “Ao transitar por todo o hospital, até mesmo quem não é da saúde pode reconhecer e evitar comentários que poderiam causar mais sofrimento”, esclarece Amanda.
Nas redes sociais, o projeto recebeu diversos elogios de internautas, que destacaram a relevância da iniciativa. Em um dos comentários, uma seguidora afirmou: “Que trabalho lindo! Todos os hospitais deveriam aderir”.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.