A Polícia do Paraguai encontrou três toneladas de maconha nas proximidades da estrada vicinal onde três jovens foram executados na tarde de terça-feira (19). A droga estava em uma área de mata de Yby Pytã, distrito paraguaio de Canindeyú, próximo aos municípios de Paranhos e Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul.
Após o massacre, equipes realizaram vistorias nas áreas próximas ao Rio Jejuí, onde foram localizados 150 sacas da droga e geradores, que estavam em três acampamentos utilizados pelos mortos momentos antes de serem emboscados em uma Chevrolet S10.
Entre as vítimas, estavam os irmãos Cleber Zárate Martíns, de 28 anos, e Wellinton Zárate Martins, de 25 de idade, além de Fredy Amarilla Zárate, de 27 anos, primo de Cleber. Eles são suspeitos de integrar a quadrilha no narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, apelidado de "Macho".
Conforme o jornal ABC Color, as autoridades que investigam o caso não descartam que as execuções sejam uma retaliação à morte de Cristino Díaz Méndez, ocorrida em fevereiro deste ano, e que seja o estopim de novos confrontos entre traficantes na região.
Rafael González, diretor da Polícia de Canindeyú, confirmou que a principal hipótese sobre o massacre é de vingança, já que Cleber teria participado da execução de Cristino, inimigo de Macho. Segundo o responsável pela investigação, a morte de Díaz, que aconteceu após uma emboscada que envolveu o grupo de Macho.
Além da investigação sobre os assassinatos, a Polícia também acredita que o aumento da demanda por maconha no Brasil tem impulsionado a disputa por território entre os traficantes paraguaios. González destacou que os confrontos recentes podem ser reflexo dessa disputa, "[...] que tem levado à intensificação de ataques e emboscadas na região". O diretor ainda alertou sobre a possibilidade de novas retaliações entre as facções nos próximos dias.