Três homens foram presos durante a operação 'Oficina Fechada', deflagrada nesta terça-feira (11). Dois estavam em Dourados e outro Campo Grande. A ação é um desdobramento de uma investigação iniciada no final do ano passado, após uma grande apreensão de drogas em um caminhão que estava em uma funilaria da cidade.
Durante coletiva de imprensa, o delegado do SIG, Erasmo Cubas, explicou que, na época da apreensão, ninguém foi preso, mas a polícia descobriu que a funilaria era usada para armazenar veículos carregados com drogas.
“Essa operação é fruto de uma grande apreensão feita no final do ano passado, quando encontramos aproximadamente cinco toneladas de drogas em uma funilaria de Dourados. Naquele momento, não houve prisões, mas demos início a uma investigação para identificar os responsáveis”, destacou.
Com o avanço das investigações, a Justiça expediu mandados de prisão contra o dono da funilaria, responsável pelo armazenamento da droga, e contra um homem que era morador de Dourados, mas se mudou para Campo Grande.
De acordo com a polícia, ele era responsável por organizar a logística do esquema, coordenando a distribuição das drogas tanto na cidade quanto para outros estados.
“Ele estruturava toda a logística de transporte da droga, que chegava em grandes quantidades da fronteira e, daqui, era enviada em remessas menores para estados como São Paulo e Santa Catarina”, explicou o delegado.
Além das prisões, a polícia cumpriu mandados de busca nas residências de dois empresários do setor de locação e venda de veículos. A suspeita é que eles tinham envolvimento ou, pelo menos, conhecimento da atividade ilícita, pois estavam sempre próximos ao homem preso em Campo Grande.
“Eles tinham uma relação muito próxima com esse suspeito, o que levantou suspeitas sobre o envolvimento deles ou, no mínimo, a ciência do que estava acontecendo”, disse Cubas.
Na casa de um dos empresários, foram encontradas munições, resultando em sua prisão em flagrante, totalizando três detidos na operação.
O delegado Cubas afirmou que, neste momento, não há mais mandados de prisão ou de busca pendentes dentro da operação, mas acredita que as prisões realizadas hoje podem levar a novos avanços na investigação, revelando outros envolvidos no esquema criminoso.