Kelvin Andryus Alves da Silva, 30 anos, foi executado com pelo menos cinco tiros no peito, no rosto e na cabeça, quando conversava com amigo dentro de um Gol branco, em Paranhos, na fronteira com o Paraguai.
O crime ocorreu no final da tarde de terça-feira (22) e o corpo de Kelvin foi levado de avião para São Paulo, para ser sepultado no Espírito Santo, sua terra-natal.
De acordo com informações apuradas pelo Campo Grande News, Kelvin morava há pelo menos cinco meses em território paraguaio. Paranhos é separada por uma Rua de Ypehú, no Paraguai. As duas cidades são conhecidas na fronteira pela forte presença do crime organizado, especialmente de grupos que controlam o tráfico de drogas.
Com antecedentes criminais no Espírito Santo, Kelvin da Silva e o amigo conversavam dentro do carro, estacionado em uma rua da área central de Paranhos, quando o pistoleiro, de moto, se aproximou e disparou os tiros. Kelvin estava no banco do carona.
O motorista não foi atingido e conduziu o carro até o hospital municipal para tentar salvar o amigo, mas não houve tempo. Enquanto Kelvin era atendido pelos socorristas, o amigo dele deixou o local e retornou para o território paraguaio.
A reportagem apurou que a principal suspeita é de que o assassinato tenha ligação com o tráfico de drogas. O autor do crime estaria devendo dinheiro para Kelvin. Em vez de pagar o credor, decidiu matá-lo. Entretanto, essa versão é apenas uma hipótese ventilada na cidade. O crime é investigado pela Polícia Civil.
Carro roubado - Kelvin Andryus Alves da Silva não possui antecedentes criminais em Mato Grosso do Sul. Entretanto, em novembro de 2016, ele foi flagrado por policiais do Espírito Santo conduzido um HB20 roubado, em Cariacica, na região metropolitana da capital Vitória.
O carro havia sido levado por assaltante armado, na noite anterior. Kelvin negou participação no assalto e disse que havia comprado o HB20 por R$ 1.500. Na época, ele já possuía passagens por porte ilegal de arma e por vender armas e munições.