Uma mulher de 40 anos teve sua vagina cortada a facadas após pedir a separação. Além do ferimento na parte íntima, a vítima também sofreu lesões no abdômen. O crime ocorreu ontem, domingo (6), no bairro Tiradentes, em Campo Grande.
O Campo Grande News conversou com a irmã da vítima, que preferiu não se identificar. A mulher contou que, por volta das 6h da manhã, o suspeito, de 24 anos, acordou, foi ao quintal da residência fumar maconha e, ao voltar para o quarto, tentou matar a namorada.
“Ele tentou matar ela porque não aceitou que ela queria se separar dele. Na noite anterior, ela disse que não queria mais continuar. Até então, ele tinha ficado tranqüilo, mas ontem entrou no quarto com uma faca e perguntou: ‘Tem certeza que você quer se separar?’. Ela respondeu que sim e ele tirou a coberta dela e começou a esfaqueá-la”, relatou.
Segundo a irmã da vítima, o casal estava junto há dois anos. Passaram um período separados, a mulher chegou a pedir uma medida protetiva contra ele, mas há dois meses haviam reatado o relacionamento. “Pelo histórico dele, já não dava mais certo. Ele já queimou as coisas dela. Nunca foi agressivo na nossa frente, sempre muito calmo. Ela dizia que ele nunca tinha agredido ela fisicamente, só quebrava as coisas e botava fogo”, expôs, relatando a relação conturbada.
Na casa, no momento do crime, estavam duas filhas da vítima, o genro e dois netos. Conforme consta no boletim de ocorrência confeccionado pela Polícia Militar, a mulher estava dormindo no quarto com o namorado quando saiu correndo, sangrando e pedindo socorro.
Os familiares da vítima a levaram para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Tiradentes. No local, a médica responsável pelo atendimento constatou três lesões na região do abdômen da mulher.
Ela estava consciente e orientada e foi encaminhada para a Santa Casa. A Polícia Militar foi até a casa da mãe do suspeito, no bairro Moreninhas, mas ele não foi localizado.
Registro - A ocorrência foi entregue à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Conforme explicou a delegada Analu Ferraz, a princípio o caso foi registrado como lesão corporal, pois nem o autor nem a vítima foram apresentados na delegacia.
A delegada de plantão recebeu apenas o boletim de ocorrência confeccionado pela Polícia Militar. “Vamos acompanhar a situação da vítima, iniciar a oitiva das testemunhas que estavam no local para verificar se o fato será alterado para tentativa de feminicídio, pois apenas com as informações preliminares não foi possível materializar a tentativa.”
A delegada plantonista representou pela prisão preventiva do suspeito. O pedido foi expedido pelo juiz, e ele encontra-se foragido.